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Decepções na sua porta

Eu estava andando
Eu estava te procurando
O pôr do sol estava brilhando,
Como de costume
Ah!Como eu amo este lugar
Neste lugar eu vim te ver
Você disse que me esperaria
Você perguntou a que horas eu viria
Você perguntou que horas eu queria
Você disse que por mim tudo faria
E eu estava andando
Eu estava te procurando
Eu estava na sua porta,
Era só abrir.
Você disse que ansioso estaria
Você disse que me abraçaria
Você disse...
E de faria em faria, não fez nada.
Toquei na sua porta
Minha barriga gemeu
Meu corpo tremeu
Mas ninguém atendeu.
Meu bem, nunca te pedi que me quiseste
Nunca te pedi que precisaste do que preciso
Mas tu fingiste
Fingiste desejos para manter meu amor por ti
Sua sinceridade me bastaria
E para sua porta eu não correria.
Agora quem anda não sou mais eu,
Mas sim, o mar de suas lágrimas
Que meu amor perdeu. – Luísa Monte Real

Às vezes há vida

   A vida, às vezes, prega essas pegadinhas na gente que não se sabe se foi ela ou a gente mesmo. Às vezes acho que é tudo uma questão de escolhas. Às vezes eu acho que era pra acontecer. Às vezes eu acho que era pra dar errado para no final acabar exatamente onde tinha que ser. Às vezes acho que para certas pessoas dá errado e ela não tira nunca nenhum proveito disso. Então, deu errado por causa dela mesma ou a vida tentou lecionar? Às vezes eu acho que eu tenho que fazer por onde. Às vezes acho que vai cair do céu. Às vezes nem sei. Às vezes acho que depende. Às vezes acho que existem os dois atuando, como um casamento, eu e a vida, a vida e eu. – Luísa Monte Real

Um assunto, outro assunto

    Às vezes a gente tem essa coisa de querer mostrar que ama a pessoa, que se importa, e se sente até na obrigação de sofrer, mas hoje sei que não tem nada a ver. Acredito que se houver amor próprio poderá então, haver amores inigualáveis e inimagináveis pelos outros. Tenho pena de quem pensa que se amar significa não correr atrás, ignorar, não demonstrar que se importa e fazer pouco do outro. Isso não passa de orgulho. Sempre achei que mentir para mim mesma fosse a pior opção. Uma vez li: "não dê valor para as coisas por quanto valem e sim pelo que significam". Veja bem, é lógico que há um limite, não estamos falando de amar o outro mais do que a si mesmo. É incrível como quando alguém que eu amo me decepciona, meu sentimento por ela vai diminuindo aos poucos a cada decepção, automaticamente, sem que eu tenha que desprezá-la. Amar-se é fazer da felicidade dependente de você e somente, você. Preservar nosso coração e não deixar que a dor acabe com os nossos sorrisos, nem que o outro abale as nossas estruturas. Se entregar sem medo, pois você sabe que nunca se abandonaria. Não dizer: "ele não te merece, ele é um idiota, esqueça-o, ignore-o". Diminuir alguém nunca fez eu me sentir melhor. Quando a gente se ama, a gente não se permite fazer escolhas que não se tira proveito. A gente corre atrás do que quer, se quebrar a cara, conserta e segue em frente. - Luísa Monte Real 

Só sei que de você sei

  É muito engraçado como te conheço. Como você é previsível para mim. Muitas vezes não te entendo, mas sempre sei  suas reações. Sei exatamente como você se sente ou deixa de sentir, sei até mesmo como você pensa. Sei que você pensa que sabe fingir, mas sei até quando está fingindo. Sei que você não consegue mentir para mim. Também sei que não consegue ficar por muito tempo com raiva de mim. Às vezes acho que sei mais de você do que você mesmo. E é por isso que te gosto. Porque eu te conheço por inteiro. Entre qualidades e defeitos, você é transparente para mim. Eu sempre sei exatamente o que vai fazer, apesar de ainda conseguir me surpreender. Sei exatamente o que aguenta ou deixa de aguentar.  Eu sei exatamente que você está pensando em mim agora e o quanto sente minha falta. - Luísa Monte Real 

Sobre mudanças

    E eu que um dia pensei que em novembro eu já teria te esquecido, que tudo já teria passado, que eu seria feliz de novo... Mas e aí? O tempo passou, hoje já é novembro e nada mudou. Tudo continua da mesma cor cinza, tudo a mesma porcaria de sempre. E ainda consigo alimentar a esperança de que é só esperar porque ano que vem vai ter mudado... Será? Pergunto-me se é mesmo o tempo que controla a situação, se são as coisas que tem que mudar e não eu. Percebi que novembro é só uma contagem. Percebi que não sou nada, e sim estou alguma coisa. Percebi que sou feita de escolhas e de não escolhas. Percebi que se não agrada-me o rumo que estou levando, não é o rumo que tem que mudar, e sim, eu que tenho que mudar de rumo. – Luísa Monte Real