Pesquisar

Mostrando postagens com marcador amor. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador amor. Mostrar todas as postagens

Eu nunca

   Nunca fui assim. Nunca fui de querer um coração partido. Nunca fui de me atrair por pessoas que estivessem sofrendo. Nunca me interessei amorosamente por alguém a qual uma parte lhe faltava. Sempre fui de sentir pena. Sempre me apresentei como auxiliadora e amiga para aqueles que carregavam algo negativo. Sempre acreditei em energias e tentava manter minhas companhias positivas e minha aura a mais clara o possível. Alguns, nada íntimos, me afastei, procurando não me envolver com as dores alheias. Cheguei a me afastar até daqueles que diretamente ou por ilusão da parte deles, causei dor. Mas com você foi diferente. Vi sua dor transformar-se em arte e me encantei. Seus sentimentos mais obscuros encenavam da maneira mais delicada em minha mente, tocando minha alma e emocionando minhas lágrimas. A dor se mostrava, mas junto dela eu via sua alma. Por mais que te faltasse um pedaço dela, era uma alma pura e somente inspirada pelo amor. Talvez você nem acredite mais em amores, mas vi em sua dor a sensibilidade de uma flor. E ai me vi...Eu me vi querendo não mais ser uma amiga que te aconselharia. Eu me vi querendo ser quem te guiaria para o melhor caminho. Eu me vi querendo te apontar a esperança de um nascer do Sol laranja rosado. Eu nunca quis tanto fazer parte das suas artes. E eu nunca... Nunca desejei tanto ser a pessoa que completaria o pedaço que te faltava. – Luísa Monte Real

Decepções na sua porta

Eu estava andando
Eu estava te procurando
O pôr do sol estava brilhando,
Como de costume
Ah!Como eu amo este lugar
Neste lugar eu vim te ver
Você disse que me esperaria
Você perguntou a que horas eu viria
Você perguntou que horas eu queria
Você disse que por mim tudo faria
E eu estava andando
Eu estava te procurando
Eu estava na sua porta,
Era só abrir.
Você disse que ansioso estaria
Você disse que me abraçaria
Você disse...
E de faria em faria, não fez nada.
Toquei na sua porta
Minha barriga gemeu
Meu corpo tremeu
Mas ninguém atendeu.
Meu bem, nunca te pedi que me quiseste
Nunca te pedi que precisaste do que preciso
Mas tu fingiste
Fingiste desejos para manter meu amor por ti
Sua sinceridade me bastaria
E para sua porta eu não correria.
Agora quem anda não sou mais eu,
Mas sim, o mar de suas lágrimas
Que meu amor perdeu. – Luísa Monte Real

Um assunto, outro assunto

    Às vezes a gente tem essa coisa de querer mostrar que ama a pessoa, que se importa, e se sente até na obrigação de sofrer, mas hoje sei que não tem nada a ver. Acredito que se houver amor próprio poderá então, haver amores inigualáveis e inimagináveis pelos outros. Tenho pena de quem pensa que se amar significa não correr atrás, ignorar, não demonstrar que se importa e fazer pouco do outro. Isso não passa de orgulho. Sempre achei que mentir para mim mesma fosse a pior opção. Uma vez li: "não dê valor para as coisas por quanto valem e sim pelo que significam". Veja bem, é lógico que há um limite, não estamos falando de amar o outro mais do que a si mesmo. É incrível como quando alguém que eu amo me decepciona, meu sentimento por ela vai diminuindo aos poucos a cada decepção, automaticamente, sem que eu tenha que desprezá-la. Amar-se é fazer da felicidade dependente de você e somente, você. Preservar nosso coração e não deixar que a dor acabe com os nossos sorrisos, nem que o outro abale as nossas estruturas. Se entregar sem medo, pois você sabe que nunca se abandonaria. Não dizer: "ele não te merece, ele é um idiota, esqueça-o, ignore-o". Diminuir alguém nunca fez eu me sentir melhor. Quando a gente se ama, a gente não se permite fazer escolhas que não se tira proveito. A gente corre atrás do que quer, se quebrar a cara, conserta e segue em frente. - Luísa Monte Real 

Só sei que de você sei

  É muito engraçado como te conheço. Como você é previsível para mim. Muitas vezes não te entendo, mas sempre sei  suas reações. Sei exatamente como você se sente ou deixa de sentir, sei até mesmo como você pensa. Sei que você pensa que sabe fingir, mas sei até quando está fingindo. Sei que você não consegue mentir para mim. Também sei que não consegue ficar por muito tempo com raiva de mim. Às vezes acho que sei mais de você do que você mesmo. E é por isso que te gosto. Porque eu te conheço por inteiro. Entre qualidades e defeitos, você é transparente para mim. Eu sempre sei exatamente o que vai fazer, apesar de ainda conseguir me surpreender. Sei exatamente o que aguenta ou deixa de aguentar.  Eu sei exatamente que você está pensando em mim agora e o quanto sente minha falta. - Luísa Monte Real 

Sobre mudanças

    E eu que um dia pensei que em novembro eu já teria te esquecido, que tudo já teria passado, que eu seria feliz de novo... Mas e aí? O tempo passou, hoje já é novembro e nada mudou. Tudo continua da mesma cor cinza, tudo a mesma porcaria de sempre. E ainda consigo alimentar a esperança de que é só esperar porque ano que vem vai ter mudado... Será? Pergunto-me se é mesmo o tempo que controla a situação, se são as coisas que tem que mudar e não eu. Percebi que novembro é só uma contagem. Percebi que não sou nada, e sim estou alguma coisa. Percebi que sou feita de escolhas e de não escolhas. Percebi que se não agrada-me o rumo que estou levando, não é o rumo que tem que mudar, e sim, eu que tenho que mudar de rumo. – Luísa Monte Real 

Três anos em três dias

                                            

Nunca gostei de despedidas. Mas foi assim que ele me disse adeus. Numa madrugada de meus desabafos sobre seus defeitos ele resolveu que iria partir. Três longos dias de conversa tentando resolver o imprevisto que depois viraram um mês de conturbações e discussões. Estava convencido de que era um tremendo canalha e não poderia me machucar de forma alguma. Confesso que já vacilei com ele muito mais do que o oposto. E olha, que ele sempre foi o badboy e eu a "mimada" como ele dizia, só para me irritar. Tantas coisas foram ditas...Tentei convencê-lo de que essa ideia de seu medo sobre um futuro incerto era um desperdício de tudo que sentíamos e construíamos. Falei e repeti todos os meus argumentos e de nada adiantou. Uma prova de amor linda esse seu sacrifício, porém um sacrifício à toa. Pedi que ele se amasse mais, se cuidasse e pensasse mais nele... Mas ele não tirava a ideia de que queria o melhor para mim e disse que me amava, como uma irmã, repetidas vezes. Mas ele não entendia, ou não se achava bom o suficiente para aceitar que o melhor para mim no momento era ele ao meu lado como sempre foi nesses últimos três anos, e eu realmente não estava me preocupando com o futuro. Disse que eu não iria deixar de ser quem eu sou para ele. Disse que eu não estava perdendo-o e que ainda seriamos amigos. Disse para eu não me preocupar com ele, mas eu sei como ele vai se perder... Dói. Dói não ter ele. Dói ter que aceitar uma decisão que não é minha. Dói saber que ele não quer isso. Dói pensar na dor dele. Dói pensar no modo como ele vai cair nas bebidas. Dói pensar que ele já estava mal pela ex e agora deixou a melhor amiga. Uma saudade sem tamanho. Uma pena de um sentimento recíproco e tão lindo ser deixado desse jeito. Ah, porque a gente se ama demais, aquele amor que acolhe, protege e um faz tudo pelo o outro. A gente se somava, a gente era único. A gente tem é muita história, muitos obstáculos vencidos e alguns para vencer, muitas alegrias, muitas brigas e principalmente, muitas diferenças. Apaixonei-me imensamente pela conquista de ter criado algo exclusivo e mágico com ele. Ainda tenho a foto do desenho da rosa que fez para mim, e pretendia encontrá-lo para dar-me o desenho real para eu guardá-lo comigo, para sempre... Ele era meu anjo da guarda. Eu era seu porto seguro (ou terapeuta com consultas grátis, se preferir). Ele era o Wikipédia sobre mim (tão stalker que descobriu meu ultimo sobrenome e nem sei como). Eu era o seu diário. Ele era minha criança - aff tão imaturo-. Eu era sua "certinha demais". Ele era meu estressado. Eu era sua doidona. Nós éramos irmãos de pais diferentes, nós éramos duas peças de quebra-cabeça distintos que pelo destino se encaixaram. A gente se fazia feliz, muito feliz, apesar das brigas, birras, e mil e um obstáculos que fariam qualquer um desistir e cair fora... A gente era Romeu e Julieta amigos. A gente era. Talvez a gente seja. Talvez o tempo mostre que ele está certo. Talvez o tempo nos una de novo...E ele disse para eu ficar bem. E eu disse que daria Feliz Ano Novo para ele no dia seguinte. - Luísa Monte Real

Um que é tudo

Uma margem distante. Um mar gigante. Um pôr do sol apaixonante. Um Sol radiante. Uma noite brilhante. Um vento cantante. Uma chuva refrescante. Um cabelo esvoaçante. Um olhar penetrante. Um abraço confortante. Um toque arrepiante. Um sorriso significante. Uma lágrima gritante. Um grito calante. Um neurótico guerreante. Uma pessoa importante.Um alguém deslumbrante.Um crescimento interior do errante. Um momento marcante. Uma data significante. Esses são valores. Valores não tem preço, formato nem cores... Valores são sentimentos, muitas vezes, vindos de dores. Pessoas podem ser meras pessoas. Mas pessoas são quem dão luz a esses valores (nós não somos iluminados, nós iluminamos). Pessoas que são tão você que não há como lembrá-las, pois elas são como plano de fundo da alma. Um amor sem medo de amar. Um amor vibrante. Um amor de prima. Um amor de amiga. Uma raiva de inimiga. Um perdão divino.  - Luísa Monte Real 
(Legenda: Frases do rapper, cantor e compositor carioca Filipe Ret

A gente é da gente

     O especial de ser gente é dar-nos a chance de experimentar diferentes sensações e sentimentos. Algumas pessoas passam na nossa vida quase que sem perceber, é verdade. Outras até marcam sem nem saber da nossa existência. Outras marcam com gestos simples. Outras marcam com gestos grandes. Outras marcam de uma maneira positiva. Outras marcam de uma maneira negativa. Outras marcam de forma tão singular, contagiante e mágica que nós nunca nos imaginaríamos sem. A grande verdade é que coincidências e regras não existem. Não necessariamente opostos se atraem e iguais se repelem. As diferenças podem ser conhecimentos somados e as igualdades, personalidades lutando por um mesmo espaço. As diferenças podem ser discussões insuportáveis e as igualdades, brilho nos olhos por se ver no outro. É que cada um passa se encaixando como peças de quebra-cabeças. Uns  encaixam perfeitamente e outros quase nem encostam. E no final de tudo, cada pessoa é para você o que você, junto com o tempo, deixa ela ser. – Luísa Monte Real

Eu e você

Você é meu e eu sou sua. De uma maneira espontânea e natural. Quase que sem querer. Somos sem ninguém ter pedido ou insinuado ser...Sem compromissos ou cobranças. Não porque não nos importamos, mas porque não é necessário controlar algo que tão livremente corre ao ponto de perceber que somos nossos, somente depois de já termos nos tornado. - Luísa Monte Real 

Aquela amiga

Aquela amiga...Que nem as palavras “amiga”, “irmã”, “prima”
Demonstram sua significância.
Aquela amiga de distância,
Que a saudade forte alcança,
Mas que o amor só cresce em abundância.
Aquela amiga de infância,
Que guarda uma linda criança.
Aquela amiga que décadas podem passar
Que ela ainda terá a mesma importância
Aquela que é de sangue,
Mas amiga por opção.
Muito sentimento no coração.
Brigas sem razão,
E nem mesmo desculpas precisarão
Para haver uma reconciliação
E logo se entenderão.
Porque muito tempo sem se falar
Não aguentam, não
Aquela amiga que é de todo dia.
Aquela amiga que traz alegria.


- Luísa Monte Real 

Escrever

Escrevo para enxergar. Escrevo para entender. Escrevo para organizar a confusão que a minha cabeça faz. Escrevo para me analisar. Analisar a situação. Analisar o outro. Tenho uma sede de escrever para entender tudo, entender o mundo. É como se as palavras deixassem tudo arrumado para eu conseguir enxergar o que é sujeira e o que é útil. Percebo os mínimos detalhes. Escrevo tudo o que eu sinto, sem regras ou hesitações. Escrevo minhas intuições, meus pensamentos e até mesmo tento expor os dos outros. Pessoas são complexas demais para se entender de verdade, mas quando escrevo... É como se eu conseguisse finalmente interpretá-las e confortar meus "porquês" de suas ações. Escrevo para me livrar e me libertar. Sinto-me leve quando escrevo a maior das confusões, e essa é a intenção. - Luísa Monte Real